Fraude com PIX: entenda seus direitos e saiba como agir

A chegada do PIX facilitou muito a vida financeira dos brasileiros. Além de permitir transferências instantâneas, o sistema funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana. No entanto, junto com essa praticidade, surgiram também novas formas de golpes e fraudes.

Diante disso, muitas pessoas nos procuram após perceberem movimentações não autorizadas em suas contas. E surge a pergunta: o que fazer se você for vítima de um golpe com PIX?

O que caracteriza uma fraude com PIX?

Consideramos fraude toda movimentação feita sem a autorização do titular da conta. Na maioria dos casos, os golpistas agem por meio de:

  • Acesso indevido ao celular, computador ou conta bancária;
  • Vazamento ou roubo de senhas e tokens;
  • Engenharia social (quando o criminoso engana a vítima para obter informações);
  • Envio de links maliciosos que instalam aplicativos espiões.

Mesmo quando o sistema registra o uso de senha ou token, a vítima geralmente não reconhece nem autoriza a transação. Isso já indica a existência de uma fraude.

O banco é obrigado a devolver o valor?

Em muitos casos, sim. O banco pode ser responsabilizado sempre que falhar na proteção do sistema ou no atendimento ao consumidor.

A legislação brasileira determina que instituições financeiras têm responsabilidade objetiva. Isso significa que, se houver falha de segurança, o banco deve arcar com as consequências — mesmo que não tenha agido com dolo ou culpa direta.

Além disso, o fato de a transação ter sido realizada com senha não impede o banco de investigar. É dever da instituição apurar o ocorrido com seriedade.

Foi vítima de golpe? Veja o que fazer:

Se você perceber movimentações estranhas ou indevidas na sua conta, não perca tempo. Veja os passos recomendados:

  1. Notifique o banco imediatamente e registre a contestação da transação;
  2. Peça a abertura do MED (Mecanismo Especial de Devolução) — procedimento que tenta recuperar o valor junto ao banco recebedor;
  3. Registre um boletim de ocorrência, de preferência online e com detalhes do ocorrido;
  4. Reúna todas as provas: prints de tela, extratos, e-mails e protocolos;
  5. Procure orientação jurídica especializada para garantir seus direitos.

Dessa forma, você formaliza a denúncia e fortalece sua posição caso precise entrar com uma ação judicial.

É possível entrar com processo?

Sim. Se o banco não resolver o problema de forma adequada, você pode ingressar com uma ação na Justiça.

Nela, é possível pedir:

  • A anulação das transações indevidas;
  • A devolução dos valores transferidos sem autorização;
  • Indenização por danos morais, se o golpe causar prejuízos à imagem, à rotina ou à estabilidade financeira.

Cada situação precisa de análise individual. Mas os tribunais têm se mostrado favoráveis aos consumidores quando há indícios de fraude e boa-fé da vítima.

Como evitar fraudes com PIX?

Apesar da possibilidade de responsabilizar o banco, a melhor solução ainda é prevenir. Algumas medidas importantes:

  • Ative a verificação em duas etapas no aplicativo bancário;
  • Nunca compartilhe senhas ou códigos de segurança;
  • Evite clicar em links enviados por e-mail ou aplicativos de mensagem;
  • Instale um antivírus confiável e mantenha os sistemas atualizados.

Com pequenos cuidados, é possível reduzir bastante o risco de fraudes.

Conclusão

Golpes com PIX infelizmente se tornaram comuns. No entanto, você não está sozinho(a). A Justiça reconhece o direito à reparação quando há falha na segurança ou descaso por parte do banco.

Se você passou por essa situação, procure ajuda jurídica de confiança. Agir com rapidez pode fazer toda a diferença para recuperar o valor perdido e evitar prejuízos maiores.

Precisa de ajuda jurídica?

Nosso escritório atua com seriedade e experiência na defesa de vítimas de fraudes bancárias. Avaliamos cada caso com atenção e sigilo.

Fale conosco e saiba como proteger seus direitos.